Que peixe você quer?
O melhor da minha trajetória, dos meus anos como publicitário e design, foi compreender que cada um de nós tem um poder especial, um dom de transformar coisas em ideias e quando nos empolgamos corremos pra fazer.
Com o tempo aprendi a respeitar os limites, a envergadura dos projetos e os estímulos, antes de me lançar. Construí proteções para eventuais quedas e para os riscos. Isso me distanciou da inovação, de fazer o novo.
Hoje, provoco pessoas a voltar pro começo, para o mesmo de antes, a acreditar, a não ter medo de se jogar.
O que é Join?
Costumo resumir que o modelo Join, é um resgate do meu começo. Quando jovem, me sentia como um piloto, doido para levantar voo em uma pista pequena, levando trezentas pessoas que acreditavam que o avião não decolaria. Com o tempo virei comissário de bordo para ouvir a opinião das pessoas e a fazer o que elas acreditavam. Não percebi que estava traindo a minha própria essência.
Assim como a nossas vidas são os negócios. Se não nos revisitarmos, estaremos jogando fora o nosso melhor: A vontade.
O modelo Join estimula as pessoas a pensarem como jovens, limpos de paradigmas, livres de preconceitos. Usando várias ferramentas do Design, modelando, prototipando e formatando projetos que sejam de fato inovadores. Somos engenheiros, mostrando as rachaduras e as imperfeições que muitas vezes não percebemos.
É muito fácil aceitar os modelos que já estão funcionando, a deixar quieto o time que está ganhando, mas isso pode nos levar a sair do foco do que realmente nascemos pra fazer. Muitas vezes somos seduzidos pelo jardim do vizinho e não pelas flores que estão em nossos pés.
Outro desafio da join é fazer você pensar de "longe", a abrir mão dos conceitos e aprender a ver a ideia virgem de avalistas, deixar-se encantar pelo desconhecido.
Na realidade, a inovação flutua, passa por várias cabeças, vence quem sabe apresenta-la melhor ao mercado, quem ver acha que saiu de um estalar de dedos. O processo não é lento e nem é rápido. Quando nos fechamos pra novas ideias, podemos estar pescando o primeiro o peixe, o que “mata” a fome.